domingo, 23 de setembro de 2012

Uma dose de gratidão, por favor

Penso que ser agradecido seja uma daquelas grandes virtudes do ser humano. "Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus"  é o que encontramos na primeira carta aos Tessalonicenses, verso 18, do capítulo 5. É difícil ser agradecido, ainda mais quando existem desejos latentes que não se realizam e que normalmente passam a exigir o foco das nossas atenções e motivações. Não é fácil ser agradecido, mas na minha humilde opinião é símbolo de nobreza e elegância.

Nos breves momentos em que a sensibilidade é maior do que eu mesma, tenho o privilégio de parar e viver isso que a gente chama de gratidão. Pra quem não me conhece bem, ainda sou uma senhorita e espero bastante ansiosamente me livrar desse adjetivo que às vezes, por algum motivo que não entendo bem, é visto como um tipo de doença (Pode parecer engraçado, mas quem também compartilha comigo desse título sabe do que estou falando! rs). Às vezes quando olho pro lado e vejo meu irmão me fazendo companhia em uma festa ou quando a hora de voltar pra casa bate e me vejo indo na direção do carro sozinha, sinto uma gota de auto piedade. Mas quando tenho o privilégio de abrir os olhos de verdade posso contemplar e agradecer por uma amiga querida, ou aqueles novos amigos que tive o prazer de conhecer à pouco. Aquela colega que te manda uma mensagem e até mesmo aquela pessoa que conta sua vida toda no ônibus sem você nem perguntar e por aí vai. E aquela falta que nem sei se falta mesmo vai tendo seu lugar ocupado.

A verdade é que a vida é recheada de pequenos presentes, de vez em quando a gente é surpreendido com aqueles presentaaaaços (essa palavra existe?), mas cá pra nós acho que meus melhores presentes são aqueles que ganho numa tarde comum, numa noite sem grandes eventos, naquela conversa despretensiosa no trabalho, no sorvete tomado de madrugada, numa música esquecida e encontrada sem querer nos arquivos do computador.

Há pouco tempo li o livro "Uma vida sem limites" de Nick Vujicic. Pra quem não sabe esse homem nasceu sem braços e pernas, mas vê a vida de uma maneira tão bonita que o livro te faz querer acreditar que coisas boas estão sempre aí, ao alcance das mãos. Mas nem sempre foi assim, na adolescência ele começou a questionar o por quê da sua realidade e onde Deus estava naquilo tudo. Em uma conversa com uma amiga ela o incentivou a começar a ser grato pelas coisas que ainda estavam por vir, mesmo sem saber o que esperar do futuro. Acho que dar graças em todas as situações tem a ver com isso. Coisas boas, ruins e até mesmo nada acontecem na vida da gente. Mas no fim tudo isso se encaixa e a gente vai poder ver que era realmente tudo que precisávamos e seremos gratos até pelos piores episódios.

Nem sei por quê escrevi sobre isso, não pense que sou a pessoa mais sensata dessa vida, mas é mais ou menos como aquela música "Vivendo e aprendendo a jogar. nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas APRENDENDO a jogar".

Boa semana!
A.J.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Conversa sobre o tempo

Não sei exatamente quando isso começou, mas tenho um apreço bom pela natureza. Há dias em que, dependendo do meu estado, até mesmo um céu sem estrelas me faz passar um punhado de tempo admirando-o. É estranho, mas eu gosto.

Não sei quem mais percebeu, mas a primavera já está aí. Tenho um amor muito especial pelas flores. Admiro quem cuida e mantém aqueles vasos ou canteiros com flores belíssimas e espero poder fazer isso quando tiver minha própria casa. Mas ainda não sou dessas, por enquanto me reservo ao direito de apenas admirá-las e atualmente minhas preferidas são aquelas que enfeitam as árvores da cidade.

É clichê comparar o ciclo das árvores com os tempos da nossa vida. Mas em um certo momento da minha, mais precisamente há uns dois anos e meio atrás essa foi uma das únicas belezas que consegui enxergar. O percurso da faculdade ao estágio era divinamente salpicado de árvores maravilhosamente coloridas, o que me fazia suspirar e agradecer pelo privilégio de poder ver coisa tão bonita. É engraçado, mas em momentos difíceis a gente passa a perceber detalhes pequenos e o melhor, passa a ser muito agradecido por isso.

E é assim que a cada primavera tenho a oportunidade de parar por alguns instantes e ponderar como a vida anda seguindo. Lembro-me de invernos geladíssimos e da mesma forma que na natureza, esse tempo também passa. Às vezes dá a impressão que a estação não muda, a chuva parece que não vai passar, pois as lágrimas parecem não acabar, ou o vento frio começa a cortar a esperança que já está caminhando a passos lentos. Fases como essas existem e como há o ciclo das estações, existem as fases da vida para se viver.

Tenho aprendido que sempre existem propósitos e prioridades para o tempo presente. Pode ser que não sejam as nossas prioridades, mas Deus tem as suas e Ele conhece esse assunto de ser humano há bem mais tempo que qualquer um de nós. Independente do seu tempo atual existe motivo e um meio para viver com contentamento. Pode ser que você precise dar um "Até logo" para alguns planos, mas vale a pena focar no que é digno de atenção nesse momento da sua vida. Peça ajuda para Ele, se tem alguém que sabe essa resposta é seu próprio Pai Eterno, mas tendo-me como referência acredito que você também já desconfie do que seja e o que não seja prioridade! rs

Foto: Não chega nem aos pés da realidade, mas é esse Ipê que tenho cumprimentado nas últimas duas semanas

Dica: Se você é uma mocinha como eu, uma boa leitura é um livro chamado A Resolução de toda Mulher  da Priscila Shirer (BV Filmes Editora). Nos últimos dias é meu 'livro de cabeceira' e tem me ajudado a buscar o propósito da fase atual da minha vida.

¡Hasta!


domingo, 16 de setembro de 2012

Uma boa filha à casa torna

Já tive uns quinhentos blogs. Toda vez que começo, fico super motivada, faço cinquenta mil planos e sempre esqueço deles depois de poucos meses. Com esse aqui não foi muito diferente.... 
Mas a verdade é que escrever é um prazer pra mim. Em casa, espalhados pelo meu armário é possível encontrar vários cadernos, agendas e papéis soltos com pensamentos, segredos e desabafos. Às vezes até minhas orações são feitas com papel e caneta.

Toda vez que deixo de escrever é porque me esqueci de mim em algum momento do percurso e normalmente muito tempo depois é que percebo o que andei fazendo. Não sou escritora e nem sei se o que escrevo vai fazer cócegas na vida de alguém (espero que se for pra tocar seja para divertir mesmo!) mas percebi que quando se gosta realmente de algo, a gente deve praticar, colocar a mão na massa e se divertir.
Bem, bem, bem, isso tudo foi pra dizer que estou de volta. Não prometo ser a pessoa mais criativa, mas vou ser o mais autêntica e verdadeira que puder ser nesse mundo onde privacidade é uma das palavras mais descabidas.

Minha proposta é a seguinte: se descobrir. Quando nascemos, trazemos debaixo do braço um livro que vai ser preenchido com a nossa história. Até aí é tudo muito bonito, né? O problema é que desde pequenos muita gente acaba escrevendo nessas linhas e às vezes existem pessoas que não escrevem tão bem e acabam estragando a história que desde o início foi planejada para ser do padrão hollywoodiano. É nesse ponto que me encontro. Descobri que existem linhas completamente toscas na minha história e que infelizmente acabaram ditando muito do que sou agora. (Isso parece familiar pra você?)

Então é nesse ponto do percurso que nos encontramos. Existem peças do quebra cabeça se encaixando e a medida que forem surgindo e revelando novas nuances espero conseguir compartilhar algo. Espero que isso te interesse e espero descobrir muitas novas coisas.
Então, isso é tudo.
Logo, logo a gente conversa mais! =*